julho 01, 2004

Cheguei demasiado cedo para a frequência de Filmologia e não suporto estar a rever apontamentos imediatamente antes de me sentar para escrever. Quanto mais tempo passa mais medo sinto da altura em que vou ter o enunciado nas mãos. (suspiro)
Estamos na final do Euro 2004, como poderia eu deixar passar isto em branco.. Chorei no jogo contra a Espanha porque na altura me parecia que era o mais importante e sem dúvida o mais decisivo mas agora a confiança aumentou tanto que não consigo comover-me da mesma maneira. Será ridículo sentir assim as coisas? Provavelmente. Mas deixei-me contagiar, como tantos, pela prestação brilhante da nossa selecção e nem mesmo o facto de ser mulher pode impedir-me de sentir todas as emoções de um jogo de futebol (isto para os homens que acham que as mulheres nem percebem nem sentem o mesmo que eles).
Foi impressionante passear ontem por Lisboa (já que a Carris resolveu mais uma vez fazer greve) e ver como se multiplicavam os símbolos de Portugal. Desde os cachecóis enrolados no pulso ou pendurados na mala, às bandeiras feitas cintos e fita para o cabelo, às camisolas (que algumas lojas estamparam oportunamente com as nossas cores e símbolos), todos queriam participar na festa e mostrar que se orgulham de ser portugueses (pena é que seja preciso uma equipa de futebol para gostarmos de ser quem somos..). Fico feliz quando vejo todas as pessoas unidas em torno de algo comum: pena é que isso não possa acontecer sempre, todos os dias.

Parabéns Portugal!
(engulo agora amargamente as palavras que disse no início: 'Nunca passaremos os grupos')

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