maio 18, 2006

Da viagem costumeira ou a importância de usar óculos de sol


Pois que eu e a minha mui prezada mana nos fizemos à estrada mais uma vez, numa tarde quente e seca para, a meio da mesma, descobrimos (ou, pelo menos, prestarmos atenção) um fenómeno não muito interessante mas cómico. Coloquem-se duas raparigas num carro velho mas valente, adicionem-lhe dois pares de óculos de sol e vejam as reacções pelas estradas de Portugal.


Sempre que ultrapassamos um camionista ou um carro onde os elementos masculinos sejam mais que um (1) é festa garantida. Ele é sinais de luzes, ele é buzinadelas que são autênticos assobios, ele é ver nascer a esperança naquelas faces cansadas de pedreiros ou camionistas.


Nem comento o efeito que a mesma receita tem entre aqueles operários que trabalham nas bermas ou nos sítios de passagem alternada, em que seguram aquelas tabuletas de stop. Aí sim, quase vemos o alcatrão e o mais que venha a borbulhar. O curioso é que eles não chegam a ver a nossa cara nem sequer a olhar para o nosso corpo. Nós podíamos ser as maiores aberrações da Natureza mas, que raios!, usamos grandes óculos de sol e isso é suficiente para despertar a libido deles! Só tenho pena de pensar podia encontrar o meu mais que tudo numa qualquer berma de estrada mas não vou sabê-lo porque tenho sempre demasiada pressa e medo que, saída do carro, a magia dos óculos desapareça...

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