agosto 31, 2007

Um povo, uma cultura, uma região

Já me tinham dito que era um sítio obrigatório e que nem percebiam como é que nunca lá tinha entrado. Já tinha passado à porta tantas vezes, sem nunca me ter apercebido que era ali e, francamente, ainda bem que assim é: pode ser já muito visitado mas ainda é um segredo para alguns (os mais distraídos, como eu). O jantar do management lá do departamento (o jargão já se instalou, não há remédio) aconteceu ontem na Casa do Alentejo, depois de sugerido por um colega.

A comida era um mimo, verdadeiramente alentejana, sem decepcionar na variedade e na quantidade de banha usada para fazer aquelas migas.O vinho bebeu-se tinto, aliás, não poderia beber-se outro na sede da alentejanidade e era um vinho macio e pouco doce, ideal para não acordar com a boca seca no dia seguinte. A companhia não comprometeu, deixando os assuntos rotineiros para o sexto piso da Latino Coelho. Sete mulheres para um homem, a simbolizar a distribuição dos sexos naquele prédio todo. Depois do jantar, seguiu-se o deslumbramento daquelas salas com tecto, chão e paredes trabalhados, a influência árabe em cada pormenor, os azulejos tradicionais tão bem conservados, um orgulho quase irritante em ser alentejana. Podia aqui dissertar sobre a maneira alentejana de ser mas não vale a pena. Vocês sabem do que é que eu falo.

Sem comentários: