maio 07, 2012

Porque nem tudo são rosas...

No Sábado, graças à instalação eléctrica pouco potente que temos aqui em casa, rebentou-se um fusível. Agora podemos dizer isto com alguma naturalidade mas nessa noite o acontecimento foi tudo menos natural. Como a casa está toda ligada por fases, reparámos que não havia corrente em algumas divisões e fomos directos ao quadro ver se estava tudo bem com o disjuntor - e estava. Ficámos um pouco desarmados porque se estava tudo bem, não fazíamos ideia do que se poderia estar a passar. Isto implicava não ter água quente também, pelo que queríamos resolver a situação o mais rapidamente possível.

Começámos a busca ligando para o nosso fornecedor de energia que, além do clássico já desligou e voltou a ligar? e pouco mais, deixou claro desde logo que não nos podia ajudar porque não era uma avaria na rede. Depois foi procurar um electricista ou alguma empresa da área que trabalhasse fora de horas para nos ajudar: zero! Não existem, pelo menos não anunciadas na internet, o nosso único meio à disposição num Sábado à noite. Encontram-se muitas oficinas mas electricistas nem vê-los. Voltámos a ligar para o nosso fornecedor de energia para perguntar se, por um estranho acaso, não teriam contactos do género, para logo sermos despachados (não sabemos nada disso). Passámos a noite com o frigorífico desligado, pelo que era mesmo obrigatório encontrar uma solução rápida.

No Domingo, um electricista conhecido - português, claro! - passou rapidamente por cá para concluir que era o fusível queimado e emprestou-nos um que podia ajudar, embora a amperagem fosse inferior. Não ajudou, pois, mas sempre se trocaram os que ainda funcionavam para, pelo menos, conseguirmos energia para o frigorífico. O problema a seguir? Não há nenhuma loja aberta neste país num Domingo. Isto, que se resolvia comprando só um mísero fusível para trocar, arrastou-se Domingo fora porque o comércio está sempre encerrado. Eu entendo a lógica do fim de semana ser sagrado mas enfim, nós viemos habituados aos Continentes e Akis abertos todos os dias, à excepção de um ou dois feriados e estar sem luz ou água quente durante tantas horas pareceu-nos uma eternidade. Em Portugal, tínhamos arranjado um electricista em menos de nada (bastava procurar os autocolantes nas caixas de correio), tínhamos pago uma quantia obscena pelo serviço mas a coisa tinha-se resolvido logo à partida. Assim não: foi um Domingo perdido em casa, maldizendo este país tão desenvolvido. Ah Portugal, tivemos saudades tuas...

1 comentário:

Joana Real disse...

agora já sabem...ter em casa à mão uma caixa com fusiveis!!