maio 12, 2014

Dias 7, 8, 9 e 10: este calor é terapêutico!

Miami, Key West... Ainda agora chegámos e já estamos de regresso. Tenho pena e não tenho, tal é a confusão de sentimentos que aqui vai.

Estes últimos dias eram exactamente o que estávamos a precisar: calor tropical, praias com muito espaço para respirar, Sol a rodos, muita água por todo o lado, chinelos nos pés e fato de banho sempre à mão. A visita não estava planeada como qualquer coisa cultural ou de interesse histórico ou arquitectónico: tínhamos escolhido esta parte da viagem para descansar, para parar e respirar, para apanhar Sol e deixarmos para trás aquele tom de pele macilento a que o Luxemburgo nos obriga. Dentro deste espírito, conseguimos exactamente o que queríamos e regressamos com uma corzinha já muito aceitável.

Miami Beach é muito interessante, especialmente pela sua mistura arquitectónica entre o moderno e a Arte Deco mas é apenas isso. É uma estância balnear cheia de brasileiros e latinos, com praias longas e tranquilas, onde as pessoas não se acotovelam nas toallhas. A água? Bem, vai ser difícil recuperarmo-nos desta temperatura, a não ser que voltemos à zona do Caribe em breve. A água do Algarve é gelada quando comparada com esta e então nem vale a pena comparar com a costa Vicentina. Estivemos dentro de água até termos os dedos encarquilhados para depois secarmos sem precisar da toalha. Não sei se é sempre costume mas foram dias de muito vento, a que nos acostumámos bem e que nos ajudaram a enfrentar o calor.

Depois tínhamos planeado a viagem às Florida Keys, uma sucessão de pequenas ilhas ligadas pela auto-estrada número 1 e alternando entre vistas deslumbrantes de mar de ambos os lados ou da vegetação luxuriante que esconde outros pequenos paraísos. Em Key West, encontrámos um calor sufocante, uma pequena multidão à porta da casa do Hemingway e o ponto mais a Sul dos Estados Unidos. Cuba fica apenas a 90 milhas desta ilha e a influência sente-se bastante bem também aqui. Aproveitámos para comprar uns charutos, sentir o ambiente que se vivia por aqui nos anos 50, olhar o mar. No regresso, parámos no Bahia Honda Park, um parque natural maravilhoso com praias tranquilas e escondidas, onde as palmeiras que balançavam e os pelicanos que sobrevoavam a zona eram os únicos sons que podíamos ouvir. Foi muito bom, ir decidindo pelo caminho onde queríamos tomar banho, sem planos nem nenhumas obrigações.

E agora é aquele período doloroso, em que começamos a recordar que não, a nossa vida não é assim, que não podemos esperar este calor back home, que há obrigações e deveres a cumprir, que há uma rotina à nossa espera. Mas a parte boa é saber que o abraço do nosso filho está cada vez mais perto e para essa vida sim, eu quero voltar! Até já!

1 comentário:

Dalma disse...

Realmente é inesquecível percorrer a Ocean Drive! Gostei da tua descrição e de como aproveitaram bem esses 10 dias. Nós já somos mais lentos...